Natureza, Arquitetura e Economia integram o município.
Quem conhece as maravilhas dos atrativos turísticos de Carangola dificilmente se esquecerá de tanta beleza, da preservação histórico cultural, da riqueza natural e da hospitalidade deste município do Caparaó.
Ao circular pelo Centro, o turista pode notar o quanto a história da cidade ainda está viva nos prédios e casas antigas. São heranças das origens e também do desenvolvimento promovido pelo café e pela ferrovia.
O Museu e Arquivo Público Municipal expõe um resumo disso tudo. A praça Coronel Maximiniano, onde começou a colonização da sede, reúne o principal conjunto arquitetônico, onde inclui-se a própria praça, a Igreja Matriz de Santa Luzia, a Prefeitura Municipal e o Fórum.
Também é impossível não perceber o quanto a natureza foi generosa com a cidade. Carangola tem três áreas de proteção ambiental (APA), no Morro da Torre, Alto da Conceição e Alto Barroso, além das matas da Pedra de São Bento e Fazenda Santa Rita. A Flora local é detalhadamente estudada e preservada pelo Herbário "Guido Pabst".
Os morros do Cruzeiro e do Barroso, as Pedras do Elefante e de São Bento e a serra de Parada General são roteiros alucinantes dos Esportes Radicais, como o vôo livre, o trekking, as trilhas motociclísticas e o montanhismo.
Carangola também faz parte da tradicional perigrinação do Caminho da Luz, aventura que refaz os passos dos pioneiros desta região mineira. Mas ainda há muito o que apreciar, como as manifestações folclóricas (Caxambu, Quadrilhas e Boi-Pintadinho) e o imenso calendário festivo, com seu tradicional Carnaval. Carangola é isso e muito mais!
Como Chegar:
Carangola é cortada pela MG-111 e tem acesso pela BR-482, passando por Espera Feliz. A cidade está a 360 km de Belo Horizonte, 280 km de Vitória e a 380 km do Rio de Janeiro.
Origens Históricas
Antes do processo de povamento de Carangola, a região era habitada por índios Coroados (que tinham esse nome por causa do corte de cabelo) e Puris proveniestes do litoral capixaba. No século XVII, foram distribuídas as primeiras sesmarias.
O primeiro núcleo de povoamento surge em 1734, próximo à Natividade, no presídio (semalhante ao distrito) de Abre Campo. Em 1842, a região ja tinha a denominação de Carangola.
A pintura facial dos índios cara-de-angola teria originado o nome. Outra versão sugere que o nome surgiu por causa de um capim muito comum na região, o cará-do-ângola. Em línguas indígenas, o termo significa "diabo velho dos matos", "capim redondo" e "rio que arranha".
Mas o nome também pode ter origem africana, pois alguns negros chegados à região eram provenientes de Caracoles, na Costa do Marfim, e no Candomblé há uma entidade chamada Exu-Carangola.
No início do século XIX, muitos aventureiros chegaram à região. O Café foi introduzido em 1848 e impulsionou a economia. Em 1859 foi construída a Igreja Matriz de Santa Luzia. Carangola vira cidade em 1878 e o município é instalado em 1882.
Polo Regional de Saúde.
Além de centro econômico, Carangola tem saúde estratégica.
Além de ser um dos grandes polos econômicos e culturais da Zona da Mata Mineira, com um forte comércio e centro universitário, o município de Carangola também vem se desenvolvendo muito na área de saúde, com hospitais de referência e alta complexidade e o aumento de número de clínicas e consultórios especializados pelo Centro da cidade.
A Casa de Caridade de Carangola é o maior hospital da região do Caparaó e atende pacientes de 38 municipios da Zona da Mata Mineira. Trata-se de um hospital totalmente informatizado, que oferece serviços de alta complexidade, como, por exemplo, a hemodiálise.
A Casa de Caridade atende pelos SUS e convênios. O endereço é Praça Coronel João Marcelino, 26 -Centro. No bairro Triângulo, encontra-se o Hospital Evangélico de Carangola.
Calendário Festivo
O Calendário Festivo faz a elegria da população e dos turistas.
O município de Carangola dispõe de um vasto calendário festivo que faz a alegria de moradores e visitantes. Logo após os animados festejos de Réveillon, comemora-se o aniversário da cidade (7 de janeiro).
A maior e mais tradicional festa de Carangola é o Carnaval, um dos maiores de Minas Gerais, que atrai foliões do Brasil inteiro. Recentemente, os trios elétricos foram substituídos por grandes palcos, onde se apresentam bandas e artistas renomados.
A sofisticação anda junto ao romantismo das bandinhas e dos bailes. O Bloco do Pijama abre o Carnaval na quarta-feira anterior à de Cinzas. Na quinta, o Bloco do Baba se concentra em frente ao tradicional restaurante Spaço Solar.
A abertura oficial é na sexta, com escolha do Rei Momo, Raínha e Princesas, e desfile das escolas de samba (Vem Comigo, União da Caixa D'Água, Unidos de Santo Onofre, Coroado, Tradição e Unidos do Triângulo) e dos blocos (Unidos da Lacerdina, Unidos do Jacaré, Filhos do Sol, Machado de Assis e outros). No Carnaval também tem manifestação folclórica com os bois do Papuça, do Jacaré e do João de Deus.
Em maio, a Igreja Católica festeja a Coroação de Maria. Depois vêm as festas juninas (destaque para Quadrilha do Louzada), a Exposição Regional Agropecuária, Industrial e Comercial (final de julho) e apresentações de Caxamb (junho e julho).
A cidade tem ainda a Festa do Café, na localidade de Conceição, o Jubileu da padroeira Santa Luzia, e o projeto Canto e Melodia, com a Seresta da Lua Cheia e Lira 21 de abril, imperdíveis, realmente.
Patrimônio Histórico
O passado de Carangola pode ser visitado nas dezenas de prédios que compõem o Patrimônio Histórico e nas fazendas coloniais do interior do município. O passeio pode começar no Museu Municipal (rua Pedro de Oliveira, 212 - Centro), onde também funciona o Arquivo Público local.
Ali, antiga sede da Companhia Força e Luz Brasindel, encontram-se peças de arte sacra, armarias, bandeiras, cristais, louças, fotografias, desenhos, pinturas, vestuário, mobiliário, artefatos arqueológicos, materiais geológicos, espécimes da Fauna, esculturas e documentos, entre outras coisas.
Na praça central, há um belíssimo conjunto histórico, formado pela igreja, prefeitura e fórum. A Igreja Matriz de Santa Luzia substituiu uma capela de pau-a-pique e taipa de 1859. O templo tem pinturas no teto e uma "Santa Ceia" no Altar.
A Prefeitura Municipal foi erguida entre 1907 e 1916 e apresentada estilo neo-clássico. Na fachada, destaca-se o Brasão da República. O prédio tem telhado de quatro águas com telhas francesas e ainda preserva o piso e o forro de tábua. O Fórum de Justiça "Doutor Xenofonte Mercadante" é ainda mais antigo, do ano de 1839, com estilo art-déco.
Símbolos do desenvolvimento são o Terminal Rodoviário "Wingdston Mendes Souza", a antiga Estação Ferroviária, de 1887, alguns pontilhões de ferro, a Praça Coronel Maximiniano, Escola Servita Regina Passes, a Fachada da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (fafile), Escola Estadual Melo Viana e o Instituto São José (orfanato).
No interior encontram-se a Fazenda Rizo Tomé, a Fazenda Toledo, que tem produção artesanal e comercialização de cachaça, e a Igreja de São Manoel do Boi (século XIX), com capela e altar de madeira. Lá, os homens assistiam a missa nas laterais e as mulheres na nave central.
Sítio Arqueológico e Museu Municipal.
Artefatos expostos em museu mostram como viviam as tribos indígenas.
Em Recanto, distrito de Ponte Alta de Minas, encontra-se um cemitério indígena anterior ao século XVIII. O sítio histórico foi descrito pela primeira vez na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro de 1896.
A descoberta foi feita por um grupo de doutores, militares e pesquisadores que se embrenharam na mata e, no alta de uma colina, localizaram uma caverna natural que continha ossadas de uns 20 indivíduos.
O sítio encontra-se em uma área particular e a visitação só é possível com autorização prévia dos proprietários.
Especialistas e universitários permanecem realizando pesquisas sobre o acervo arqueológico. Algumas peças encontradas ali estão expostas no Museu Municipal de Carangola.
Desbravando os Céus:
Paisagens deslumbrantes atraem muitos praticantes de vôo livre.
Recentemente, atletas do vôo livre começaram a desbravar o último território intocado de Carangola, as grandes altitudes do céu da cidade. Até então, somente praticantes do Aeromodelismo desfrutavam parte deste espaço.
Devido às altas temperaturas, muitas montanhas e paisagens alucinantes, a cidade está despontando como um dos principais pontos de salto de Minas Gerais e a cada dia o vôo livre se populariza mais em Carangola.
Suas características já estão sendo comparadas às de Governador Valadares, cidade mineira com destaque internacional na modalidade. Há tanto potencial para o esporte, que já foi aberta uma escola onde se aprende a conduzir o párapente (ou paraglider).
De fato, Carangola apresenta excelentes condições de vôo. Ali os atletas encontram tudo que procuram: belas paisagens e muitas térmicas (massas de ar quente que "empurram" o párapente para cima).
O empresário Carlos Heleno, que descobriu o párapente recentemente e atua na divulgação do esporte, diz que por enquanto a cidade tem apenas uma rampa, na localidade de Parada General.
Com 900 metros de altitude e 500 metros de desnível, a rampa oferece muita segurança no salto. Parada General fica a 4 km do Centro, a estrada tem boas condições de tráfego e há sinalização. Como há muitas montanhas na cidade, outras rampas podem surgir em breve.
Carangola tem tradição no trekking e trilha motociclística, mas também tem um imenso potencial para o off-road sobre 4 rodas, rapel e escalada. Os desafios são a Pedra do Elefante, Pedra de São Bento e morro do Cruzeiro do Barroso e do Tomé.
Pesquisando a Natureza.
Todos os espécimes conhecidos da Flora da Mata Atlântica da região do Caparaó estão registrados, classificados e catalogados no Herbário "Guido Pabst", mantido pela Faculdade da Filosofia, Ciências e Letras de Carangola com o apoio da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Os arquivos guardam amostras (folhas, flores, frutos, etc) de cerca de 15 mil espécies vegetais do Caparaó Mineiro e capixaba. No Espírito Santo, a vegetação apresentado algumas diferenças devido a influência dos ventos marinhos, impedidos de chegar a Minas por causa das cordilheiras.
O fantástico trabalho do Herbário permitiu a descoberta de muitos vegetais, alguns deles descritos pela primeira vez pelo professor Lúcio de Souza Leoni, atual curados da instituição. Como se trata de uma pesquisa permanente, outras espécies ainda podem ser descobertas.
Entre as plantas estudadas encontram-se principalmente gonçalos-alves, imbireira, perobas, ipês, embicuçu, mamanjuba, guaraiuva, falso-crueri, canelas, jequitibás, braúnas, tento, bicuíba, vassouras-de-feiticeira, qualea, sapucaia, cinco-folhas, garapa, jacarandá, ingá, leiteira, figueiras e gameleiras.
O levantamento da vegetação também permitiu conhecer muitos dos animais que convivem com ela. São eles o sagüi, macaco-prego, barbado ou bugio, lontra, ouriço, gambá, cachorro-do-mato, cuíca, cutia, quati, caxinguelê, tamanduá-mirim, capivara, entre outros.
Nos mananciais (qua resguardam belas cachoeiras) encontram-se: acará, maria-antônia, tambiú, canivete, peixe-espada, curimbatã, dourado, guaru, lambari-cigarra e outros.
Áreas Ecológicas.
Município impressiona pelas Àreas de Proteção Ambiental e potencial econturístico.
Carangola possui três Áreas de Proteção Ambiental (APA), todas criadas em 1998, e várias reservas não oficializadas, como as matas da Pedra de São Bento e da Fazenda Santa Rita, esta última um verdadeiro tesouro segundo o professor Lúcio.
A APA Alto da Conceição, na comunidade de Conceição, a 10 km do Centro, tem 4.150 hectares e abriga a nascente do Ribeirão Papagaio. Os 3.687.50 hs de APA Alto Barroso, abrangem as serras do Barroso, Serra Azul e do Aquenta Sol. A APA do Morro da Torre tem 155 ha.
"NÃO DEIXE DE IR:
As Belezas do Artesanato.
Artesanato típico já começa a ganhar fama internacional.
Carangola é conhecida como a "Cidade do Artista". Dentre as muitas manifestações (Música, Teatro, etc), apenas o Artesanato já é suficiente para comprovar que há todo o merecimento pelo título. Quem tem a oportunidade de apreciar ou adquirir os artigos terá certeza disso.
O artesanato típico do município é o mais rico e diversificado da região do Caparaó, enchendo os olhos com sua variedade de formas e materiais. A cabaça, fruto de uma plalnta típica na região, é a principal metéria-prima utilizada.
As vezes, a cabaça é simplesmente pintada ou ornamentada, mas elas também viram lindas bonecas ou máscaras. Esta é a especialiade da Cooperativa dos Artesãos de Carangola e Região (Cooperativa Objeto D'arte).
A instituição foi criada há cerca de um ano e atualmente tem 32 associados. Seus produtos são expostos e comercializados na Casa do Artesão de Carangola, que funciona na antiga estação ferroviária.
Os artifices também trabalham com pedras, bambu, cana da Índia, linhas, tecidos, junco, madeira e metal. Também há cestarias, papel marchê, cerâmica, instrumentos musicais de bambu, esculturas em pedra sabão e peixes feitos de cipó.
O artesanato de Carangola já é vendido para todo o Brasil e ainda é exportado para Alemanha, Dinamarca, Peru, França e Estados Unidos. A cidade tem outro grupo de artesãos que expõe ha loja da Estação da Arte e um ateliê que produz belíssimos móveis de bambu.
Matéria extraída da Revista Guia Estrada de 2005 feita por:
José Carlos Carvalho
Secretário do Maio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais.
Quem conhece as maravilhas dos atrativos turísticos de Carangola dificilmente se esquecerá de tanta beleza, da preservação histórico cultural, da riqueza natural e da hospitalidade deste município do Caparaó.
Ao circular pelo Centro, o turista pode notar o quanto a história da cidade ainda está viva nos prédios e casas antigas. São heranças das origens e também do desenvolvimento promovido pelo café e pela ferrovia.
O Museu e Arquivo Público Municipal expõe um resumo disso tudo. A praça Coronel Maximiniano, onde começou a colonização da sede, reúne o principal conjunto arquitetônico, onde inclui-se a própria praça, a Igreja Matriz de Santa Luzia, a Prefeitura Municipal e o Fórum.
Também é impossível não perceber o quanto a natureza foi generosa com a cidade. Carangola tem três áreas de proteção ambiental (APA), no Morro da Torre, Alto da Conceição e Alto Barroso, além das matas da Pedra de São Bento e Fazenda Santa Rita. A Flora local é detalhadamente estudada e preservada pelo Herbário "Guido Pabst".
Os morros do Cruzeiro e do Barroso, as Pedras do Elefante e de São Bento e a serra de Parada General são roteiros alucinantes dos Esportes Radicais, como o vôo livre, o trekking, as trilhas motociclísticas e o montanhismo.
Carangola também faz parte da tradicional perigrinação do Caminho da Luz, aventura que refaz os passos dos pioneiros desta região mineira. Mas ainda há muito o que apreciar, como as manifestações folclóricas (Caxambu, Quadrilhas e Boi-Pintadinho) e o imenso calendário festivo, com seu tradicional Carnaval. Carangola é isso e muito mais!
Como Chegar:
Carangola é cortada pela MG-111 e tem acesso pela BR-482, passando por Espera Feliz. A cidade está a 360 km de Belo Horizonte, 280 km de Vitória e a 380 km do Rio de Janeiro.
Origens Históricas
Antes do processo de povamento de Carangola, a região era habitada por índios Coroados (que tinham esse nome por causa do corte de cabelo) e Puris proveniestes do litoral capixaba. No século XVII, foram distribuídas as primeiras sesmarias.
O primeiro núcleo de povoamento surge em 1734, próximo à Natividade, no presídio (semalhante ao distrito) de Abre Campo. Em 1842, a região ja tinha a denominação de Carangola.
A pintura facial dos índios cara-de-angola teria originado o nome. Outra versão sugere que o nome surgiu por causa de um capim muito comum na região, o cará-do-ângola. Em línguas indígenas, o termo significa "diabo velho dos matos", "capim redondo" e "rio que arranha".
Mas o nome também pode ter origem africana, pois alguns negros chegados à região eram provenientes de Caracoles, na Costa do Marfim, e no Candomblé há uma entidade chamada Exu-Carangola.
No início do século XIX, muitos aventureiros chegaram à região. O Café foi introduzido em 1848 e impulsionou a economia. Em 1859 foi construída a Igreja Matriz de Santa Luzia. Carangola vira cidade em 1878 e o município é instalado em 1882.
Polo Regional de Saúde.
Além de centro econômico, Carangola tem saúde estratégica.
Além de ser um dos grandes polos econômicos e culturais da Zona da Mata Mineira, com um forte comércio e centro universitário, o município de Carangola também vem se desenvolvendo muito na área de saúde, com hospitais de referência e alta complexidade e o aumento de número de clínicas e consultórios especializados pelo Centro da cidade.
A Casa de Caridade de Carangola é o maior hospital da região do Caparaó e atende pacientes de 38 municipios da Zona da Mata Mineira. Trata-se de um hospital totalmente informatizado, que oferece serviços de alta complexidade, como, por exemplo, a hemodiálise.
A Casa de Caridade atende pelos SUS e convênios. O endereço é Praça Coronel João Marcelino, 26 -Centro. No bairro Triângulo, encontra-se o Hospital Evangélico de Carangola.
Calendário Festivo
O Calendário Festivo faz a elegria da população e dos turistas.
O município de Carangola dispõe de um vasto calendário festivo que faz a alegria de moradores e visitantes. Logo após os animados festejos de Réveillon, comemora-se o aniversário da cidade (7 de janeiro).
A maior e mais tradicional festa de Carangola é o Carnaval, um dos maiores de Minas Gerais, que atrai foliões do Brasil inteiro. Recentemente, os trios elétricos foram substituídos por grandes palcos, onde se apresentam bandas e artistas renomados.
A sofisticação anda junto ao romantismo das bandinhas e dos bailes. O Bloco do Pijama abre o Carnaval na quarta-feira anterior à de Cinzas. Na quinta, o Bloco do Baba se concentra em frente ao tradicional restaurante Spaço Solar.
A abertura oficial é na sexta, com escolha do Rei Momo, Raínha e Princesas, e desfile das escolas de samba (Vem Comigo, União da Caixa D'Água, Unidos de Santo Onofre, Coroado, Tradição e Unidos do Triângulo) e dos blocos (Unidos da Lacerdina, Unidos do Jacaré, Filhos do Sol, Machado de Assis e outros). No Carnaval também tem manifestação folclórica com os bois do Papuça, do Jacaré e do João de Deus.
Em maio, a Igreja Católica festeja a Coroação de Maria. Depois vêm as festas juninas (destaque para Quadrilha do Louzada), a Exposição Regional Agropecuária, Industrial e Comercial (final de julho) e apresentações de Caxamb (junho e julho).
A cidade tem ainda a Festa do Café, na localidade de Conceição, o Jubileu da padroeira Santa Luzia, e o projeto Canto e Melodia, com a Seresta da Lua Cheia e Lira 21 de abril, imperdíveis, realmente.
Patrimônio Histórico
O passado de Carangola pode ser visitado nas dezenas de prédios que compõem o Patrimônio Histórico e nas fazendas coloniais do interior do município. O passeio pode começar no Museu Municipal (rua Pedro de Oliveira, 212 - Centro), onde também funciona o Arquivo Público local.
Ali, antiga sede da Companhia Força e Luz Brasindel, encontram-se peças de arte sacra, armarias, bandeiras, cristais, louças, fotografias, desenhos, pinturas, vestuário, mobiliário, artefatos arqueológicos, materiais geológicos, espécimes da Fauna, esculturas e documentos, entre outras coisas.
Na praça central, há um belíssimo conjunto histórico, formado pela igreja, prefeitura e fórum. A Igreja Matriz de Santa Luzia substituiu uma capela de pau-a-pique e taipa de 1859. O templo tem pinturas no teto e uma "Santa Ceia" no Altar.
A Prefeitura Municipal foi erguida entre 1907 e 1916 e apresentada estilo neo-clássico. Na fachada, destaca-se o Brasão da República. O prédio tem telhado de quatro águas com telhas francesas e ainda preserva o piso e o forro de tábua. O Fórum de Justiça "Doutor Xenofonte Mercadante" é ainda mais antigo, do ano de 1839, com estilo art-déco.
Símbolos do desenvolvimento são o Terminal Rodoviário "Wingdston Mendes Souza", a antiga Estação Ferroviária, de 1887, alguns pontilhões de ferro, a Praça Coronel Maximiniano, Escola Servita Regina Passes, a Fachada da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (fafile), Escola Estadual Melo Viana e o Instituto São José (orfanato).
No interior encontram-se a Fazenda Rizo Tomé, a Fazenda Toledo, que tem produção artesanal e comercialização de cachaça, e a Igreja de São Manoel do Boi (século XIX), com capela e altar de madeira. Lá, os homens assistiam a missa nas laterais e as mulheres na nave central.
Sítio Arqueológico e Museu Municipal.
Artefatos expostos em museu mostram como viviam as tribos indígenas.
Em Recanto, distrito de Ponte Alta de Minas, encontra-se um cemitério indígena anterior ao século XVIII. O sítio histórico foi descrito pela primeira vez na Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro de 1896.
A descoberta foi feita por um grupo de doutores, militares e pesquisadores que se embrenharam na mata e, no alta de uma colina, localizaram uma caverna natural que continha ossadas de uns 20 indivíduos.
O sítio encontra-se em uma área particular e a visitação só é possível com autorização prévia dos proprietários.
Especialistas e universitários permanecem realizando pesquisas sobre o acervo arqueológico. Algumas peças encontradas ali estão expostas no Museu Municipal de Carangola.
Desbravando os Céus:
Paisagens deslumbrantes atraem muitos praticantes de vôo livre.
Recentemente, atletas do vôo livre começaram a desbravar o último território intocado de Carangola, as grandes altitudes do céu da cidade. Até então, somente praticantes do Aeromodelismo desfrutavam parte deste espaço.
Devido às altas temperaturas, muitas montanhas e paisagens alucinantes, a cidade está despontando como um dos principais pontos de salto de Minas Gerais e a cada dia o vôo livre se populariza mais em Carangola.
Suas características já estão sendo comparadas às de Governador Valadares, cidade mineira com destaque internacional na modalidade. Há tanto potencial para o esporte, que já foi aberta uma escola onde se aprende a conduzir o párapente (ou paraglider).
De fato, Carangola apresenta excelentes condições de vôo. Ali os atletas encontram tudo que procuram: belas paisagens e muitas térmicas (massas de ar quente que "empurram" o párapente para cima).
O empresário Carlos Heleno, que descobriu o párapente recentemente e atua na divulgação do esporte, diz que por enquanto a cidade tem apenas uma rampa, na localidade de Parada General.
Com 900 metros de altitude e 500 metros de desnível, a rampa oferece muita segurança no salto. Parada General fica a 4 km do Centro, a estrada tem boas condições de tráfego e há sinalização. Como há muitas montanhas na cidade, outras rampas podem surgir em breve.
Carangola tem tradição no trekking e trilha motociclística, mas também tem um imenso potencial para o off-road sobre 4 rodas, rapel e escalada. Os desafios são a Pedra do Elefante, Pedra de São Bento e morro do Cruzeiro do Barroso e do Tomé.
Pesquisando a Natureza.
Todos os espécimes conhecidos da Flora da Mata Atlântica da região do Caparaó estão registrados, classificados e catalogados no Herbário "Guido Pabst", mantido pela Faculdade da Filosofia, Ciências e Letras de Carangola com o apoio da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Os arquivos guardam amostras (folhas, flores, frutos, etc) de cerca de 15 mil espécies vegetais do Caparaó Mineiro e capixaba. No Espírito Santo, a vegetação apresentado algumas diferenças devido a influência dos ventos marinhos, impedidos de chegar a Minas por causa das cordilheiras.
O fantástico trabalho do Herbário permitiu a descoberta de muitos vegetais, alguns deles descritos pela primeira vez pelo professor Lúcio de Souza Leoni, atual curados da instituição. Como se trata de uma pesquisa permanente, outras espécies ainda podem ser descobertas.
Entre as plantas estudadas encontram-se principalmente gonçalos-alves, imbireira, perobas, ipês, embicuçu, mamanjuba, guaraiuva, falso-crueri, canelas, jequitibás, braúnas, tento, bicuíba, vassouras-de-feiticeira, qualea, sapucaia, cinco-folhas, garapa, jacarandá, ingá, leiteira, figueiras e gameleiras.
O levantamento da vegetação também permitiu conhecer muitos dos animais que convivem com ela. São eles o sagüi, macaco-prego, barbado ou bugio, lontra, ouriço, gambá, cachorro-do-mato, cuíca, cutia, quati, caxinguelê, tamanduá-mirim, capivara, entre outros.
Nos mananciais (qua resguardam belas cachoeiras) encontram-se: acará, maria-antônia, tambiú, canivete, peixe-espada, curimbatã, dourado, guaru, lambari-cigarra e outros.
Áreas Ecológicas.
Município impressiona pelas Àreas de Proteção Ambiental e potencial econturístico.
Carangola possui três Áreas de Proteção Ambiental (APA), todas criadas em 1998, e várias reservas não oficializadas, como as matas da Pedra de São Bento e da Fazenda Santa Rita, esta última um verdadeiro tesouro segundo o professor Lúcio.
A APA Alto da Conceição, na comunidade de Conceição, a 10 km do Centro, tem 4.150 hectares e abriga a nascente do Ribeirão Papagaio. Os 3.687.50 hs de APA Alto Barroso, abrangem as serras do Barroso, Serra Azul e do Aquenta Sol. A APA do Morro da Torre tem 155 ha.
"NÃO DEIXE DE IR:
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As Belezas do Artesanato.
Artesanato típico já começa a ganhar fama internacional.
Carangola é conhecida como a "Cidade do Artista". Dentre as muitas manifestações (Música, Teatro, etc), apenas o Artesanato já é suficiente para comprovar que há todo o merecimento pelo título. Quem tem a oportunidade de apreciar ou adquirir os artigos terá certeza disso.
O artesanato típico do município é o mais rico e diversificado da região do Caparaó, enchendo os olhos com sua variedade de formas e materiais. A cabaça, fruto de uma plalnta típica na região, é a principal metéria-prima utilizada.
As vezes, a cabaça é simplesmente pintada ou ornamentada, mas elas também viram lindas bonecas ou máscaras. Esta é a especialiade da Cooperativa dos Artesãos de Carangola e Região (Cooperativa Objeto D'arte).
A instituição foi criada há cerca de um ano e atualmente tem 32 associados. Seus produtos são expostos e comercializados na Casa do Artesão de Carangola, que funciona na antiga estação ferroviária.
Os artifices também trabalham com pedras, bambu, cana da Índia, linhas, tecidos, junco, madeira e metal. Também há cestarias, papel marchê, cerâmica, instrumentos musicais de bambu, esculturas em pedra sabão e peixes feitos de cipó.
O artesanato de Carangola já é vendido para todo o Brasil e ainda é exportado para Alemanha, Dinamarca, Peru, França e Estados Unidos. A cidade tem outro grupo de artesãos que expõe ha loja da Estação da Arte e um ateliê que produz belíssimos móveis de bambu.
Matéria extraída da Revista Guia Estrada de 2005 feita por:
José Carlos Carvalho
Secretário do Maio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais.
2 comentários:
Boa tarde você por gentileza teria o contato da Fazenda Santa Rita? Sou bióloga e precisava fazer uma pesquisa ká.
Desde já Grata!
Boa tarde você por gentileza teria o contato da Fazenda Santa Rita? Sou bióloga e precisava fazer uma pesquisa ká.
Desde já Grata!
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