Coração financeiro da região, Manhuaçu encanta pelos atrativos.
Manhuaçu é o maior e mais desenvolvido município da região do Caparaó mineiro, tendo 628 km² e cerca de 71 mil habitantes. Sua importância econômica se deve à Agricultura desenvolvida, ao Comércio expressivo, destacando-se cinco concessionárias, à indústria crescente e ao diversificado setor de Serviços.
Em termos de arrecadação, está entre as 25 maiores cidades do estado. Também possui excelente estrutura, com aeroporto, usinas hidrelétricas, rede hoteleira, e uma localização estratégica, sendo cortada por importantes rodovias federais e estaduais.
O destaque na economia local é a produção de café, que já foi certificado como o melhor do Brasil, São 1,5 milhões de sacas por ano, o que representa 70% da geração de riqueza. Por isso Manhuaçu é considerado o centro de comercialização do produto na Zona da Mata mineira, com dezenas de empresas importantes e exportadoras e marcas conhecidas nacionalmente.
Entretanto, o agitado ritmo de trabalho não incomoda os visitantes que buscam as belezas naturais do Caparaó. A cidade é uma potência no Ecoturismo. Seus principais atrativos são a Pedra Furada, as reservas Monte Alverne, Sítio Graciema e Mata do Sossego, e os balneários Recanto no Paraíso e Cachoeira Sette.
O Patrimônio Histórico também é muito rico. Além de belos casarões da sede e interior, há a Igreja Matriz de São Lourenço, o prédio da Casa de Cultura (antigo Banco Hipotecário e Agrícola de Minas), outras igrejas Católicas, os templos Batista e Presbiteriano, pontes e praças.
Na Casa de Cultura, há um maravilhoso museu sobre a História e personalidades de Manhuaçu. O Artesanato é encontrado na Casa do Artesão, situada na praça central da cidade, ou em lojas independentes.
O calendário festivo é marcado pelo Carnaval, Feira da Paz, Simpósio da Cafeicultura e o Salão de Oportunidades.
HISTÓRIA
A região de Manhuaçu era habitada por índios Tupi até a primeira década do século XIX, quando Domingos Fernandes Lana Estabeleceu com os nativos o comércio da ipecacuanha, uma erva medicinal.
Depois, o quarda-mor Luiz Nunes de Carvalho e o alferes José Rodrigues de Siqueira Bueno, vindos de Ponte Nova e Abre Campos, criaram às margens do ribeirão São Luiz as primeiras propriedades agrícolas da região.
Em 1845, Antônio Dutra de Carvalho concedeu aos índios a abertura das primeiras estradas da região, beneficiando a criação de suínos e o cultivo de café. Entre 1860 e 1874, começam a chegar colonos suíços, alemães e franceses procedentes da colônia de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, e do Vale do Canaã, em Santa Teresa, Espírito Santo.
Posseiros dispersos se instalaram no Arraial de Santa Margarida e nos povoados de São Lourenço recebe foros de cidade em 1881. O nome do Município teve origem no termo indígena mayguaçu, que significa "rio grande".
Como Chegar:
Manhuaçu é cortada pelas rodovias MG 111 e BRs 262 e 116. A cidade está a 270 km de Belo Horizonte/MG, 224 Km de Vitória/ES e 420 Km do Rio de Janeiro/RJ.
AS ROTAS DO ECOTURISMO
A cidade de Manhuaçu é dotada de várias reservas naturais com imensa beleza, todas repletas de cachoeiras, florestas e montanhas, que constituem os principais atrativos do Ecoturismo.
Estas maravilhas são protegidas pela Associação dos Amigos do Meio Ambiente (AMA), ONG fundada em 22 de maio de 1987 que tem como meta central a preservação do muriqui ou macaco mono-carvoeiro, espécie ameaçada de extinção.
Na divisa com Simonésia situa-se a Mata do Sossego, uma área reconhecida internacionalmente devido a sua biodiversidade. Ali ainda encontra-se espécies raríssimas, como a onça pintada, a jaguatirica e o mono-carvoeiro.
A 15 km da sede (rodovia MG 111, sentido Simonésia), fica a Reserva Monte Alverne, uma área de 800 hectares de mata nativa que está sendo estruturada para o turismo e já oferece várias trilhas, camping e sanitários. Sua mata abriga 26 nascentes, cachoeiras, ribeirões, um jequitibá gigante de aproximadamente 2000 anos e cinco espécies de primata, incluindo o muriqui.
Segundo o proprietário da área. Sérgio Túlio, vice-presidente da AMA, trata-se da maior reserva particular de Minas Gerais que pertence a um só proprietário. Ele agenda visitas e providencia hotel, transporte e alimentação.
Na área da Cachoeira Sete (7,5 km do centro), uma queda de mais de 20 metros, foi construído um moderno balneário cercado por matas e lavouras de café. A área tem uma grande piscina artificial, com bicas, passarela, ponte pênsil, bar, plauground e churrasqueiras. Paga-se uma pequena taxa para utilizar a área.
AS CONSTRUÇÕES HISTÓRICAS.
Para conhecer a história da cidade basta visita seu patrimônio.
A Igreja Matriz São Lourenço, localizada no Centro, é o bem mais precioso do Patrimônio Histórico de Manhuaçu. O templo foi construído entre 1917 e 1928 e possui arquitetura em estilo gótico, com muitos detalhes.
Na fachada, destacam-se as torres, janelas, estátuas e o relógio. O altar é todo de tijolinhos. Na nave central há várias colunas, pinturas, quadros com cenas bíblicas e dezenas de imagens . São Lourenço segura uma grelha. conta-se que, durante o Império Romano, o mártir foi queimado vivo. Ainda há um belo jardim na parte externa da matriz.
Manhuaçu tem outras igrejas católicas com arquitetura típicas, como a de Santa Luzia, do Bom Pastor e da Conceição. Também chama a atenção, a arquitetura da Igreja Batista (ao lado da prefeitura) e da Igreja Presbiteriana, que completou cem anos no primeiro semestre de 2005.
Outra relíquia do Patrimônio Histórico é o prédio da Casa de Cultura, cujos postões de ferro foram feitos à mão pelo libanês Abdala Lutfala. O imóvel foi construído para sediar uma agência do Banco Hipotecário e Agrícola do Esta de Minas Gerais, mas ali já funcionou o INP`S (hoje INSS), o Serviço de Água da Prefeitura e a Delegacia de Polícia Civil.
Também são muito bonitos os casarões da Vila Julieta (1935) e a praça Cordovil Pinto Coelho, próximo à Igreja Matriz, e a Ponte Maestro Odorico com seus anjinhos barrocos.
Em 2004, foi inaugurada um estátua do Cristo Redentor para homenagear o Pe. Júlio Maria de Lombaerde, grande evangelizador da região.
A CASA DO ARTESÃO
Erguida no coração da cidade (praça Cordovil Pinto Coelho), a Casa do Artesão de Manhuaçu é um espaço exclusivo para a exposição e comercialização do Artesanato e produtos da Agroindústria local.
A entidade reúne o trabalho de aproximadamente 80 profissionais. As peças são confeccionadas
com madeira, materiais recicláveis, palha, linhas e tecidos. Os artigos mais comuns são bordados, crochê, marcas, cestarias, cristais, quadros, bolsas e instrumentos musicais rústicos, como atabaque e berimbau.
A loja também oferece cachaça, mel, licores, pães e doces caseiros de 16 produtores da Agroindústria local. A Casa do Artesão tem parcerias com o Conselho Municipal de cultura (COMTUR), EMATER, SENAR, SEBRAE, SINDICATO RURAL e PREFEITURA.
Manhuaçu tem outros destaques na Agroindústria, como a Associação de Apicultores. A entidades reúne cerca de 90 produtores que cultivam mais de 2,5 mil colméias, produzindo anualmente 80 toneladas de mel. Na cidade também se encontra queijo e lingüiça feitos artesanalmente.
Numa loja do bairro Baixada (rua Salim Nassif, 444), são expostos os magníficos trabalhos da artesã Maria Emília Araújo Thebit. Sua especialidade é uma técnica alemã chamada Pintura Bower, que transforma em obra de arte qualquer objeto.
As minuciosas pinturas enfeitam latões, panelas, potes, bules, vasos, moringas, filtros, cabides, tampa de vaso, baús, malas, vassouras, regadores e muito mais. A loja também oferece miniaturas (guarda-roupa, banheiros, consultórios, etc), caixas (de remédios, bijuterias, aviamentos, etc), móveis em pátina e outros.
A PRESERVAÇÃO HISTÓRICA
Manhuaçu tem na Casa um endereço especial.
Quem pretende saber um pouco mais sobre a História e as características culturais da cidade de Manhuaçu não pode deixar de visitar a Casa de Cultura, localizada na Avenida Salim Nassif, nº 469, bairro Baixada.
A instituição foi fundada em 8 de novembro de 1981 e, em 1993, ganhou status de Fundação Manhuaçuasense de Cultura. Sua função é pesquisar, registrar e coordenar as manifestações culturais e promover a Arte e a Cultura através de concursos, exposições e outros eventos.
Hoje, a Casa de Cultura está instalada em um imóvel tombado pelo Patrimônio Histórico. O prédio foi construído para ser uma Agência do Banco Hipotecário e Agrícola do Estado ee Minas Gerais e residência do gerente.
Na casa, encontra-se um pequeno museu. A galeria de fotos expõe vários momentos e personalidades da História da Cidade. O acervo tem exemplares d"O Manhuaçu". fundado em 1890, e de outros jornais da região, objetos religiosos, instrumentos da escravidão, como os grilhões que prendiam pés e mãos dos cativos, a primeira pia batismal da Igreja Matriz de São Lourenço, quadros, instrumentos musicais (pianos, sanfonas) e eletroeletrônicos antigos.
O espaço ainda tem secretaria, biblioteca, arquivos com documentos do Judiciário local (datados a partir de 1800) e 8 mil fotos, além tem do busto do Coronel Serafim Tibúrcio da Costa, oficial da Guarda Municipal, agente do Executivo e presidente da Câmara que queria, no século XIX, proclamar a República do Manhuaçu.
O salão do banco é um auditório usado em shows, teatros e conferências. A Academia Manhuaçusense de Letras está sediada na Casa de Cultura.
IPIRANGA FUTEBOL CLUBE
Conquistas e alegrias. Assim tem sido a vida do Ipiranga Futebol Clube (IFC), time mais tradicional de Manhuaçu que este ano(2005) completou 20 anos de fundação. Nesta curta existência, o "Verdão" só fez honrar o nome da cidade nas competições que participou pelos quatro cantos do estado.
O desempenho do time profissional e das categorias de base fez surgir uma torcida apaixonada, que ultrapassa dezenas de milhares de membros. O "caldeirão" do Verdão é o Estádio Municipal JK (Juscelino Kubitischek), onde cabem até 8.000 torcedores. Nos dias de jogos do Ipiranga os torcedores superlotam as dependências do JK, fazendo uma incrível média de público de mais de 4.000 pessoas, compostas por torcedores de outros municípios e regiões.
Por representar tão bem a cidade, o clube tem o apoio da Prefeitura Municipal de Manhuaçu (PMM) e de várias empresas e instituições.
O Ipiranga tem também seu cunho voltado ao social, realizando amistosos e jogos beneficentes em toda região.
AS MATAS DO ESPESCHIT
Em Manhuaçu vale a pena conhecer um reduto da natureza.
No Km 47 da BR 262, a 12 km do centro sentido Realeza, a rodovia é margeada por duas das mais belas áreas naturais de Manhuaçu, o Sítio Graciema e o balneário Recanto no Paraíso, ambos de propriedade do engenheiro sanitarista Jorge Nogueira Espeschit.
Após aposentar-se seu Jorge resolveu dedicar o tempo livre para cuidar das reservas que estão em suas terras e estruturá-las para a visitação turística, trabalho que ainda não foi concluído.
Abaixo da rodovia, às margens do Rio Manhuaçu, foi construído o Recanto no Paraíso, um local muito agradável, com trailer de lanche, uma larga trilha muito florida e arborizada, e área esportiva com quadra de areia.
Na outra margem encontra-se um trecho bem fechado de Mata Atlântica. No meio, fica a Cachoeira Chata, na verdade uma grande corredeira situada em um trecho bem raso do rio, daí o nome. As águas tranqüilas e a pequena profundidade (30, 40 centímetros) tornam o lugar muito seguro para a diversão das crianças.
No Sítio Graciema, há 35 hectares de Mata Atlântica primária, secundária e mista, uma reserva florestal não oficializada que guarda várias nascentes, córregos e trilhas. O local é freqüentemente visitado por estrangeiros que estudam o bioma da Mata do Sossego.
Ambientalista, Senhor Jorge procurou criar as estradas e trilhas aproveitando o traçado natural do terreno, sem alterar a natureza ou derrubar uma árvore sequer. As vias somam dezenas de quilômetros e podem ser percorridas de carro, a cavalo ou a pé.
As florestas abrigam árvores típicas do ecossistema atlântico como os ipês, jacarandás, canelas, jequitibas e o palmito açaí. O flamboyant e o palmito australiano foram introduzidos.
A fauna apresenta macaco barbado, araras, micos, sauás, jacu, tucanos, jaguatirica e sagüis (dacara brana e sagüi estrela), maritacas. O proprietário gosta de provar que a natureza só precisa de uma chance.
"Há algum tempo, foi trazido para cá um casal de sagüis da cara branca (Pasquinel e Quica). Num habitar, adequado, os micos se multiplicaram rapidamente e hoje (2005) há mais de 20 exemplares", conta o aposentado, que se diverte ao dar frutas para os micos ou alimentar os bagres africanos, tilápias e pacus do poço.
Matéria extraída da revista Guia Estrada de 2005
Reportagem realizada por José Carlos Carvalho
Secretário do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais
Em termos de arrecadação, está entre as 25 maiores cidades do estado. Também possui excelente estrutura, com aeroporto, usinas hidrelétricas, rede hoteleira, e uma localização estratégica, sendo cortada por importantes rodovias federais e estaduais.
O destaque na economia local é a produção de café, que já foi certificado como o melhor do Brasil, São 1,5 milhões de sacas por ano, o que representa 70% da geração de riqueza. Por isso Manhuaçu é considerado o centro de comercialização do produto na Zona da Mata mineira, com dezenas de empresas importantes e exportadoras e marcas conhecidas nacionalmente.
Entretanto, o agitado ritmo de trabalho não incomoda os visitantes que buscam as belezas naturais do Caparaó. A cidade é uma potência no Ecoturismo. Seus principais atrativos são a Pedra Furada, as reservas Monte Alverne, Sítio Graciema e Mata do Sossego, e os balneários Recanto no Paraíso e Cachoeira Sette.
O Patrimônio Histórico também é muito rico. Além de belos casarões da sede e interior, há a Igreja Matriz de São Lourenço, o prédio da Casa de Cultura (antigo Banco Hipotecário e Agrícola de Minas), outras igrejas Católicas, os templos Batista e Presbiteriano, pontes e praças.
Na Casa de Cultura, há um maravilhoso museu sobre a História e personalidades de Manhuaçu. O Artesanato é encontrado na Casa do Artesão, situada na praça central da cidade, ou em lojas independentes.
O calendário festivo é marcado pelo Carnaval, Feira da Paz, Simpósio da Cafeicultura e o Salão de Oportunidades.
HISTÓRIA
A região de Manhuaçu era habitada por índios Tupi até a primeira década do século XIX, quando Domingos Fernandes Lana Estabeleceu com os nativos o comércio da ipecacuanha, uma erva medicinal.
Depois, o quarda-mor Luiz Nunes de Carvalho e o alferes José Rodrigues de Siqueira Bueno, vindos de Ponte Nova e Abre Campos, criaram às margens do ribeirão São Luiz as primeiras propriedades agrícolas da região.
Em 1845, Antônio Dutra de Carvalho concedeu aos índios a abertura das primeiras estradas da região, beneficiando a criação de suínos e o cultivo de café. Entre 1860 e 1874, começam a chegar colonos suíços, alemães e franceses procedentes da colônia de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, e do Vale do Canaã, em Santa Teresa, Espírito Santo.
Posseiros dispersos se instalaram no Arraial de Santa Margarida e nos povoados de São Lourenço recebe foros de cidade em 1881. O nome do Município teve origem no termo indígena mayguaçu, que significa "rio grande".
Como Chegar:
Manhuaçu é cortada pelas rodovias MG 111 e BRs 262 e 116. A cidade está a 270 km de Belo Horizonte/MG, 224 Km de Vitória/ES e 420 Km do Rio de Janeiro/RJ.
AS ROTAS DO ECOTURISMO
A cidade de Manhuaçu é dotada de várias reservas naturais com imensa beleza, todas repletas de cachoeiras, florestas e montanhas, que constituem os principais atrativos do Ecoturismo.
Estas maravilhas são protegidas pela Associação dos Amigos do Meio Ambiente (AMA), ONG fundada em 22 de maio de 1987 que tem como meta central a preservação do muriqui ou macaco mono-carvoeiro, espécie ameaçada de extinção.
Na divisa com Simonésia situa-se a Mata do Sossego, uma área reconhecida internacionalmente devido a sua biodiversidade. Ali ainda encontra-se espécies raríssimas, como a onça pintada, a jaguatirica e o mono-carvoeiro.
A 15 km da sede (rodovia MG 111, sentido Simonésia), fica a Reserva Monte Alverne, uma área de 800 hectares de mata nativa que está sendo estruturada para o turismo e já oferece várias trilhas, camping e sanitários. Sua mata abriga 26 nascentes, cachoeiras, ribeirões, um jequitibá gigante de aproximadamente 2000 anos e cinco espécies de primata, incluindo o muriqui.
Segundo o proprietário da área. Sérgio Túlio, vice-presidente da AMA, trata-se da maior reserva particular de Minas Gerais que pertence a um só proprietário. Ele agenda visitas e providencia hotel, transporte e alimentação.
Na área da Cachoeira Sete (7,5 km do centro), uma queda de mais de 20 metros, foi construído um moderno balneário cercado por matas e lavouras de café. A área tem uma grande piscina artificial, com bicas, passarela, ponte pênsil, bar, plauground e churrasqueiras. Paga-se uma pequena taxa para utilizar a área.
AS CONSTRUÇÕES HISTÓRICAS.
Para conhecer a história da cidade basta visita seu patrimônio.
A Igreja Matriz São Lourenço, localizada no Centro, é o bem mais precioso do Patrimônio Histórico de Manhuaçu. O templo foi construído entre 1917 e 1928 e possui arquitetura em estilo gótico, com muitos detalhes.
Na fachada, destacam-se as torres, janelas, estátuas e o relógio. O altar é todo de tijolinhos. Na nave central há várias colunas, pinturas, quadros com cenas bíblicas e dezenas de imagens . São Lourenço segura uma grelha. conta-se que, durante o Império Romano, o mártir foi queimado vivo. Ainda há um belo jardim na parte externa da matriz.
Manhuaçu tem outras igrejas católicas com arquitetura típicas, como a de Santa Luzia, do Bom Pastor e da Conceição. Também chama a atenção, a arquitetura da Igreja Batista (ao lado da prefeitura) e da Igreja Presbiteriana, que completou cem anos no primeiro semestre de 2005.
Outra relíquia do Patrimônio Histórico é o prédio da Casa de Cultura, cujos postões de ferro foram feitos à mão pelo libanês Abdala Lutfala. O imóvel foi construído para sediar uma agência do Banco Hipotecário e Agrícola do Esta de Minas Gerais, mas ali já funcionou o INP`S (hoje INSS), o Serviço de Água da Prefeitura e a Delegacia de Polícia Civil.
Também são muito bonitos os casarões da Vila Julieta (1935) e a praça Cordovil Pinto Coelho, próximo à Igreja Matriz, e a Ponte Maestro Odorico com seus anjinhos barrocos.
Em 2004, foi inaugurada um estátua do Cristo Redentor para homenagear o Pe. Júlio Maria de Lombaerde, grande evangelizador da região.
A CASA DO ARTESÃO
Erguida no coração da cidade (praça Cordovil Pinto Coelho), a Casa do Artesão de Manhuaçu é um espaço exclusivo para a exposição e comercialização do Artesanato e produtos da Agroindústria local.
A entidade reúne o trabalho de aproximadamente 80 profissionais. As peças são confeccionadas
com madeira, materiais recicláveis, palha, linhas e tecidos. Os artigos mais comuns são bordados, crochê, marcas, cestarias, cristais, quadros, bolsas e instrumentos musicais rústicos, como atabaque e berimbau.
A loja também oferece cachaça, mel, licores, pães e doces caseiros de 16 produtores da Agroindústria local. A Casa do Artesão tem parcerias com o Conselho Municipal de cultura (COMTUR), EMATER, SENAR, SEBRAE, SINDICATO RURAL e PREFEITURA.
Manhuaçu tem outros destaques na Agroindústria, como a Associação de Apicultores. A entidades reúne cerca de 90 produtores que cultivam mais de 2,5 mil colméias, produzindo anualmente 80 toneladas de mel. Na cidade também se encontra queijo e lingüiça feitos artesanalmente.
Numa loja do bairro Baixada (rua Salim Nassif, 444), são expostos os magníficos trabalhos da artesã Maria Emília Araújo Thebit. Sua especialidade é uma técnica alemã chamada Pintura Bower, que transforma em obra de arte qualquer objeto.
As minuciosas pinturas enfeitam latões, panelas, potes, bules, vasos, moringas, filtros, cabides, tampa de vaso, baús, malas, vassouras, regadores e muito mais. A loja também oferece miniaturas (guarda-roupa, banheiros, consultórios, etc), caixas (de remédios, bijuterias, aviamentos, etc), móveis em pátina e outros.
A PRESERVAÇÃO HISTÓRICA
Manhuaçu tem na Casa um endereço especial.
Quem pretende saber um pouco mais sobre a História e as características culturais da cidade de Manhuaçu não pode deixar de visitar a Casa de Cultura, localizada na Avenida Salim Nassif, nº 469, bairro Baixada.
A instituição foi fundada em 8 de novembro de 1981 e, em 1993, ganhou status de Fundação Manhuaçuasense de Cultura. Sua função é pesquisar, registrar e coordenar as manifestações culturais e promover a Arte e a Cultura através de concursos, exposições e outros eventos.
Hoje, a Casa de Cultura está instalada em um imóvel tombado pelo Patrimônio Histórico. O prédio foi construído para ser uma Agência do Banco Hipotecário e Agrícola do Estado ee Minas Gerais e residência do gerente.
Na casa, encontra-se um pequeno museu. A galeria de fotos expõe vários momentos e personalidades da História da Cidade. O acervo tem exemplares d"O Manhuaçu". fundado em 1890, e de outros jornais da região, objetos religiosos, instrumentos da escravidão, como os grilhões que prendiam pés e mãos dos cativos, a primeira pia batismal da Igreja Matriz de São Lourenço, quadros, instrumentos musicais (pianos, sanfonas) e eletroeletrônicos antigos.
O espaço ainda tem secretaria, biblioteca, arquivos com documentos do Judiciário local (datados a partir de 1800) e 8 mil fotos, além tem do busto do Coronel Serafim Tibúrcio da Costa, oficial da Guarda Municipal, agente do Executivo e presidente da Câmara que queria, no século XIX, proclamar a República do Manhuaçu.
O salão do banco é um auditório usado em shows, teatros e conferências. A Academia Manhuaçusense de Letras está sediada na Casa de Cultura.
IPIRANGA FUTEBOL CLUBE
Conquistas e alegrias. Assim tem sido a vida do Ipiranga Futebol Clube (IFC), time mais tradicional de Manhuaçu que este ano(2005) completou 20 anos de fundação. Nesta curta existência, o "Verdão" só fez honrar o nome da cidade nas competições que participou pelos quatro cantos do estado.
O desempenho do time profissional e das categorias de base fez surgir uma torcida apaixonada, que ultrapassa dezenas de milhares de membros. O "caldeirão" do Verdão é o Estádio Municipal JK (Juscelino Kubitischek), onde cabem até 8.000 torcedores. Nos dias de jogos do Ipiranga os torcedores superlotam as dependências do JK, fazendo uma incrível média de público de mais de 4.000 pessoas, compostas por torcedores de outros municípios e regiões.
Por representar tão bem a cidade, o clube tem o apoio da Prefeitura Municipal de Manhuaçu (PMM) e de várias empresas e instituições.
O Ipiranga tem também seu cunho voltado ao social, realizando amistosos e jogos beneficentes em toda região.
AS MATAS DO ESPESCHIT
Em Manhuaçu vale a pena conhecer um reduto da natureza.
No Km 47 da BR 262, a 12 km do centro sentido Realeza, a rodovia é margeada por duas das mais belas áreas naturais de Manhuaçu, o Sítio Graciema e o balneário Recanto no Paraíso, ambos de propriedade do engenheiro sanitarista Jorge Nogueira Espeschit.
Após aposentar-se seu Jorge resolveu dedicar o tempo livre para cuidar das reservas que estão em suas terras e estruturá-las para a visitação turística, trabalho que ainda não foi concluído.
Abaixo da rodovia, às margens do Rio Manhuaçu, foi construído o Recanto no Paraíso, um local muito agradável, com trailer de lanche, uma larga trilha muito florida e arborizada, e área esportiva com quadra de areia.
Na outra margem encontra-se um trecho bem fechado de Mata Atlântica. No meio, fica a Cachoeira Chata, na verdade uma grande corredeira situada em um trecho bem raso do rio, daí o nome. As águas tranqüilas e a pequena profundidade (30, 40 centímetros) tornam o lugar muito seguro para a diversão das crianças.
No Sítio Graciema, há 35 hectares de Mata Atlântica primária, secundária e mista, uma reserva florestal não oficializada que guarda várias nascentes, córregos e trilhas. O local é freqüentemente visitado por estrangeiros que estudam o bioma da Mata do Sossego.
Ambientalista, Senhor Jorge procurou criar as estradas e trilhas aproveitando o traçado natural do terreno, sem alterar a natureza ou derrubar uma árvore sequer. As vias somam dezenas de quilômetros e podem ser percorridas de carro, a cavalo ou a pé.
As florestas abrigam árvores típicas do ecossistema atlântico como os ipês, jacarandás, canelas, jequitibas e o palmito açaí. O flamboyant e o palmito australiano foram introduzidos.
A fauna apresenta macaco barbado, araras, micos, sauás, jacu, tucanos, jaguatirica e sagüis (dacara brana e sagüi estrela), maritacas. O proprietário gosta de provar que a natureza só precisa de uma chance.
"Há algum tempo, foi trazido para cá um casal de sagüis da cara branca (Pasquinel e Quica). Num habitar, adequado, os micos se multiplicaram rapidamente e hoje (2005) há mais de 20 exemplares", conta o aposentado, que se diverte ao dar frutas para os micos ou alimentar os bagres africanos, tilápias e pacus do poço.
Matéria extraída da revista Guia Estrada de 2005
Reportagem realizada por José Carlos Carvalho
Secretário do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais
2 comentários:
Bom, gostei do texto sobre manhuaçu, mas o cristo redentor não escapa, esse é daqui de viçosa.
Kkkkk
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